Por Marcos Cardial | Assecom AIA
A Escola Estadual de Tempo Integral Carlos Hugueney no município de Alto Araguaia (415 km de Cuiabá) passou a integrar oficialmente a partir de quarta-feira (13.ago.2025) o modelo cívico-militar da Rede Estadual de Ensino, tornando-se a 102ª unidade do Estado a adotar o formato. A mudança de modelo de ensino contou com a presença do secretário de Estado de Educação Alan Porto, do deputado estadual Sebastião Rezende, secretários municipais, Diretoria Regional de Educação (DRE) de Rondonópolis, vereadores, prefeitos da região e autoridades civis e militares.
A mudança é histórica e foi muito comemorada, especialmente após o episódio de violência que expôs problemas de disciplina e segurança dentro da escola e que ganhou repercussão nacional. O ato de violência gerou indignação em toda a cidade. Atualmente a unidade de ensino conta com 91 alunos e um corpo docente com 13 profissionais.
Apresentações culturais também marcaram a transição para o modelo cívico-militar. O secretário Alan Porto afirmou que a mudança vai além da alteração administrativa. “Estou muito feliz de estar aqui em Alto Araguaia trazendo boas novas e alegria para esta comunidade escolar em transformar a Escola Carlos Hugueney em uma escola cívico-militar. Estamos aqui para oportunizar uma educação e um ensino à altura do que vocês [alunos] precisam e merecem. O momento representa mais do que uma mudança de modelo. É a promessa de um futuro com mais organização, valores e condições estruturais para que cada aluno desenvolva seu potencial. Estamos construindo não apenas novos espaços, mas novas oportunidades para esses jovens, unindo disciplina, cidadania e ensino de qualidade. A educação transforma vidas”, afirmou.
O deputado estadual Sebastião Rezende, que conduziu a audiência pública para discutir o projeto cívico-militar em junho passado, comemorou a mudança. “É um novo tempo, um novo momento para a Escola Carlos Hugueney. Todos envolvidos e fico feliz com essa união da Câmara de Vereadores, do prefeito Jacson e da população. O ensino será diferenciado. Quero aqui estender os agradecimentos ao secretário Alan Porto, ao vice-governador Otaviano Pivetta e ao governador Mauro Mendes por ter atendido o clamor da população de Alto Araguaia”, citou.
O prefeito Jacson Niedermeier (União Brasil) que não esteve presente na cerimônia por apresentar um quadro de febre afirmou que a implantação da Escola Cívico Militar Carlos Hugueney como ‘a realização de um sonho’.
“A escola agora retoma o protagonismo que sempre teve em relação ao nosso ensino. Com a gestão compartilhada teremos um ambiente mais seguro, com mais disciplina e foco nos estudos. Cuidar da nossa qualidade de educação é prospectar um futuro melhor para os novos jovens. Sempre digo que a educação é a forma mais democrática de estabelecer oportunidades e igualdade entre todos nós. Gratidão ao governador Mauro Mendes, vice-governador Otaviano Pivetta, ao chefe da Casa-Civil Fábio Garcia, secretário de Educação Alan Porto, deputado Sebastião Rezende, direção e profissionais da escola, Câmara de Vereadores e a toda comunidade civil que apoiou a implantação. Gratidão a Deus por abençoar nossa cidade com esse projeto”, ressaltou o prefeito.
O MODELO CÍVICO-MILITAR
A implementação de escolas cívico-militares é um processo que envolve a adoção de um modelo de gestão escolar com a participação de militares. Esse modelo, estabelecido pelo Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM), busca promover um ambiente de parceria entre gestores, professores, militares, estudantes e pais, com foco na disciplina, organização e excelência educacional.
A diretora regional de Educação do polo Rondonópolis (DRE), Andreia Cristiane de Oliveira, destacou que a presença dos militares da reserva não substitui o corpo docente. “O ensino continua com os mesmos professores e o mesmo material didático da rede estadual. O que muda é o reforço na disciplina e na organização do ambiente escolar”, explicou.
A diretora da escola, professora Elizabeth Paes Teixeira, frisou que já percebe resultados positivos com a implementação do modelo cívico-militar já com a presença de dois militares da reserva na unidade. “Já sentimos diferença na questão do respeito, disciplina e foco. Os dois militares da reserva que já estão aqui auxiliam a direção e fazem o monitoramento do pátio, da entrada e da saída dos alunos. Nos próximos dias, um terceiro militar vai completar a equipe”, detalhou.